Em meio a discussões no governo e no Congresso sobre possíveis falhas legais na privatização do aeroporto de Congonhas, o presidente da Anac, Juliano Alcantara Noman, enviou ontem ao presidente da Infraero um ofício estipulando prazo de cinco dias úteis para a assinatura do contrato que formaliza a concessão. Um grupo de parlamentares com interesse no assunto vai procurar os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil) para tentar suspender a assinatura. O governo procura possíveis irregularidades para tentar reverter a privatização sem caracterizar quebra de contrato. Um dos argumentos é que a espanhola Aena, líder do consórcio que venceu a disputa por Congonhas, quer usar precatórios como parte do pagamento pela outorga. Além disso argumentam que o aeroporto não tem capacidade para expandir o número de voos.
Ricardo Galhardo – Direto de Brasília
Foto: Jose Cordeiro/ SPTURIS