Dois nomes foram ventilados pela imprensa nos últimos dias como possíveis ministros da Fazenda em um eventual governo Lula: o do diplomata Roberto Azevedo, ex-diretor da OMC, e o do economista Marcos Lisboa, do Insper. Segundo integrantes da campanha Lula-Alckmin, as especulações não passam de… especulações. Indagado pelo BAF sobre os nomes, um dos principais conselheiros de Lula respondeu com ironia: “este é o vigésimo ou o vigésimo primeiro nome que surge desde a semana passada”. Auxiliares próximos do ex-presidente dizem que a última coisa que Lula vai fazer é “sentar na cadeira” antes da hora. Segundo eles, o petista nunca comentou nomes e as especulações, na maioria das vezes, partem do próprio mercado, seja por torcida, seja por interpretações das conversas com o candidato e seus estrategistas. De concreto, a única coisa que pessoas próximas dizem ter ouvido do próprio Lula é o perfil do ministro: um político com conhecimento na área, experiência administrativa e capacidade para montar uma equipe técnica. Mas até isso pode mudar conforme a necessidade ou oportunidade. Eles citam como exemplo a escolha de Alckmin para vice. Até então, o perfil escolhido era o de uma pessoa da iniciativa privada, semelhante a José Alencar, de preferência mulher. Quando as conversas com Alckmin se tornaram viáveis, houve uma mudança de planos.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo