Não foi por acaso que o secretário-geral da Mesa da Câmara enviou um comunicado informando que não há data definida para discussão e votação da PEC da Transição. Embora Arthur Lira tenha prometido a Lula que levaria o tema para o plenário, há insegurança se há votos suficientes para a aprovação. Por trás dessa falta de endosso dos deputados há uma guerra política que passa por ministérios, Orçamento Secreto e decisão do STF na quarta-feira. No cenário de hoje, é praticamente certo que a Câmara fará alguma mudança no texto encaminhado pelo Senado – ainda não está claro se reduzirá o tempo para um ano ou o waiver de R$ 145 bilhões. Uma mudança já praticamente certa é um artigo que dá ao Senado o poder de autorizar empréstimos internacionais – a Câmara também quer chancelar. O entorno de Lira acredita que se a PEC for votada no início da semana que vem ainda haverá tempo de o Senado se reunir e votar novamente o texto. Deputados argumentam que como a Casa vizinha obteve ministério (Justiça, até agora), os senadores não se furtarão de votar a matéria no último minuto.
Chico de Gois – Direto de Brasília
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom, Agência Brasil