Desde que foi retirado da vice-presidência da Câmara, Marcelo Ramos (PSD/AM) vem marcando posição contrária a Arthur Lira. Hoje, o deputado foi às redes sociais criticar o silêncio do presidente da Câmara após a reunião de Jair Bolsonaro com embaixadores. “Ao posto de Presidente da Câmara não é dado o direito de escolher o silêncio cúmplice”, escreveu. Diferentemente de Lira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, reagiu ontem mesmo. Há dois dias, Ramos atacou um artigo de Lira e disse que faltava a ele “valores democráticos e republicanos”. Seguiu o mesmo tom crítico quando Lira atuou para mudar as regras e permitir a aprovação célere da PEC das Bondades. Toda a artilharia do deputado tem um objetivo: se colocar como opção viável a Lira na disputa pela presidência da Câmara no ano que vem. A campanha pelo cargo dará seus primeiros passos ao término das eleições gerais, quando ficará claro o tamanho das bancadas do novo Congresso e como o novo governo atuará para influenciar a troca de comando na Câmara e no Senado. Lira e Ramos, que estiveram juntos na última campanha interna, estarão agora em campos opostos.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília