Quando voltar à Presidência, Lula vai se deparar com uma bancada ruralista mais numerosa e que vem ganhando musculatura a cada legislatura. Em 2013, quando o petista não era mais presidente da República, a FPA reunia 203 parlamentares. Hoje são 280 membros signatários, sem contar os parlamentares que votam com o agro sem fazer parte da frente. Somado, o grupo tem cerca de 300 nomes. Durante o governo Lula, o grande teste de fogo para a relação da bancada com o Executivo foi o Código Florestal, regra que está em vigor e que tem entre os pilares a manutenção de reserva legal nas propriedades. O governo venceu a votação, e a FPA decidiu que era hora de ganhar signatários e de fortalecer seus quadros técnicos e sua estrutura física. Além de pautas pendentes no Senado – Autocontrole Sanitário, defensivos agrícolas e regularização fundiária –, ajustar o Código Florestal é uma das metas da bancada para os próximos anos, mas interlocutores dizem que o momento atual não é apropriado para colocar o tema para debate e apresentar as propostas. Decisão é esperar até ficar claro o tamanho da base aliada do governo Lula e saber se o discurso de “união” é para valer.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Mauro Pimentel, AFP