A PEC em gestação pelo trio Pedro Paulo (PSD/RJ), Kim Kataguiri (União/SP) e Julio Lopes (PP/RJ) pretende “atacar radicalmente” o cerne do problema e promover um real corte de gastos, como argumentam os autores.
A percepção deles é de que o governo vai apresentar um pacote enxuto, então uma alternativa precisa ser construída no Congresso aproveitando o embalo das discussões.
Finalizada, a proposta precisará de 171 assinaturas para ser protocolada. Se alcançar os apoios necessários, servirá como bom termômetro do tamanho do grupo na Câmara disposto a fazer cortes mais robustos na proposta que será encampada pelo governo ao Congresso.
Segundo os autores, a ideia da PEC é promover uma economia de R$ 1,5 trilhão em 10 anos e, entre as medidas, incluirá a revogação dos pisos da Saúde, Educação e a complementação da União para o Fundeb. Há no caminho, no entanto, não só o PT, mas toda uma bancada suprapartidária – e bem articulada – ligada à Saúde e Educação que, dificilmente, facilitará a aprovação das medidas.
O governo está calculando neste momento o que vale encaminhar ao Congresso para não sofrer desgastes políticos desnecessários, já os deputados não têm nada a perder.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Mário Agra, Câmara dos Deputados