Arthur Lira indicou que vai adotar o discurso bolsonarista de jogar para cima do ICMS o peso pelo aumento dos combustíveis. Só falta combinar com os russos agora. A alíquota fixa e única do imposto estadual foi tentado pelo próprio governo, que não conseguiu mobilizar os deputados para aprovar o PLP 16. A dificuldade do início do ano continua a mesma: nenhum governador vai querer abrir mão da arrecadação dos Estados e eles já deixaram claro em carta que o problema não é o ICMS. A ideia encontrará resistência de parlamentares próximos das gestões estaduais e que estão de olho na eleição do próximo ano. A fala pode ter sido uma forma de Lira adular o governo, mas exigirá mais da presidência para tirar do papel. Há outras propostas que tramitam na Câmara que podem trazer soluções para o problema da alta dos preços, desde as mais radicais (congelamento de preços e mudanças na política de preço) até a criação do fundo de suavização de preços (que a própria área técnica do Executivo desistiu por entender que a operacionalização seria muito complexa). Resta saber qual delas terá mais chance de ser tocada pelos deputados.
Equipe BAF- Direto de Brasília
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