Não vai ser tranquilo o final de semana do Dia das Mães para os principais líderes petistas. O projeto do novo marco fiscal colocou em campos opostos o governo e setores relevantes do partido. As divergências ameaçam contaminar as relações partidárias. Um exemplo é reportagem da Folha de S. Paulo dizendo que Lindbergh Farias foi alijado da CPMI do 8 de Janeiro em retaliação às críticas que fez ao arcabouço. Isso é só a ponta do iceberg. A ausência de ministros petistas na abertura da feira do MST é outro indicador de que as coisas não vão bem na base de Lula. O acerto de contas já tem hora marcada, 18h30 de segunda-feira, quando a executiva petista se reúne para discutir o arcabouço. A bancada e o Ministério da Fazenda também foram convidados. Embora o objetivo seja discutir o marco fiscal, a reunião deve funcionar como um grande divã onde o PT vai discutir as relações internas e com o governo. O final de semana é o prazo que o partido tem para tentar alinhar posições e evitar que as divergências aumentem e fragilizem ainda mais o governo Lula, que já enfrenta sérias dificuldades no Congresso.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo
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