Presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, o deputado Joaquim Passarinho (PL/PA) avalia que o protocolo da PEC que propõe o fim da jornada 6X1 foi uma onda que teve repercussão intensa por alguns dias, mas esfriou porque “o povo caiu na real”.
A realidade, destaca Passarinho, é a falta de estudo na PEC mostrando o impacto da medida para os empregadores e o quanto os consumidores seriam onerados pelo consequente aumento dos preços, sejam nos transportes, em postos de gasolina, farmácia, hospitais e toda uma cadeia de serviços (que ele estima que poderia chegar a 20%). Ao BAF, Passarinho disse que a PEC é uma “maluquice”, uma “bomba-relógio” armada sem uma “discussão séria” sobre o tema.
O deputado afirmou que se o governo quiser realmente discutir o assunto – a partir do ano que vem – terá de se dispor a retomar o debate sobre desoneração de folha de pagamento ou outras formas de compensação dos empregadores.
Na avaliação do parlamentar, o assunto ganhou repercussão porque a esquerda se desconectou da população e viu, depois das eleições municipais, que precisava reagir. A PEC da redução da jornada de trabalho se transformou, na opinião do deputado, em tábua de salvação da base aliada de Lula em tempos de pacote de redução de gastos.
Segundo Passarinho, o provável sucessor de Arthur Lira, deputado Hugo Motta, foi questionado em conversas com a FPE sobre o assunto e teria dito que o andamento da PEC dependeria de diálogo com todos os lados.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Zeca Ribeiro, Câmara dos Deputados