Lideranças do Centrão passaram a mirar nesta semana diretamente o comando da Petrobras. Foi tomada de última hora a decisão de transformar a audiência pública com Silva e Luna em uma sessão no plenário – e criar o ambiente perfeito para tornar o presidente da estatal em uma Geni que apanhou durante cinco horas e não teve sequer apoio das lideranças do governo. O BAF apurou que a pressão não é apenas sobre o governo por uma solução à alta dos combustíveis, mas também sobre o próprio Silva e Luna enquanto presidente da empresa. Apesar de ter sido colocado por Bolsonaro com uma promessa indireta de mudança na companhia e um maior foco no social, Luna não demonstrou até agora como pode fazer isso. Até então, a política de preços não é negociável na estatal. As falas de Arthur Lira durante evento de hoje e de deputados criticando a política de preços da empresa na comissão geral demonstram esse cerco se fechando sobre o presidente da Petrobras. Do lado do governo, não há grandes perspectivas. A equipe econômica recomendou ao Planalto abortar a ideia do fundo suavizador de combustíveis por ser uma estratégia difícil, cara e pouco eficaz na ponta para o consumidor. Sem uma decisão política do governo sobre o assunto – e sem a previsão de baixa nos preços com alta das commodities e do dólar -, Bolsonaro pode ver a fatura do apoio do Centrão aumentar e espirrar na gerência da empresa.

Equipe BAF – Direto de Brasília

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