Causa muito incômodo na cúpula militar as últimas movimentações de integrantes do TSE tentando dividir responsabilidade com as Forças Armadas. Generais consultados pelo BAF fizeram questão de ressaltar que o Exército está apenas “cooperando” com o TSE e que as reuniões ocorridas entre alguns dos integrantes da Força e ministros não significa que estão chancelando o processo eleitoral porque este não é o papel que lhes cabe. “Nem queremos esse carimbo”, comentou um general, lembrando que o Exército é uma instituição de Estado e que estão apenas “cooperando bastante”, mas que não concordam com utilização política desta ajuda. Este general contou que o Exército foi chamado a ajudar e os técnicos militares fizeram várias perguntas para entender o sistema. Disse também que obtiveram algumas respostas do TSE e fizeram novos questionamentos. O general reconheceu que o Tribunal atendeu algumas sugestões e decidiu triplicar o número de urnas que vão passar pelo teste de integridade. Mas, ressaltou, o trabalho do Exército é de cooperação e eminentemente técnico, sem responsabilidade na apuração dos resultados. Outro general consultado salientou que não haverá militar conferindo urna ou qualquer outro tipo de trabalho, que é de responsabilidade do TSE. Os militares, como sempre, ajudarão na logística, na segurança, mas não na conferência ou checagem de apuração de resultado. Até porque, prosseguiu ele, não será a presença de militar em um local de votação que irá garantir nada do processo. Este general fez questão de deixar claro que as Forças Armadas não têm competência e nem como questionar o resultado das eleições. A fonte reiterou que o resultado que sair da apuração das urnas é o que valerá. O resto é retórica, comentou.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília