Aliados mais cautelosos do governador Tarcísio de Freitas estão usando a tradição de derrota dos tucanos que largaram o cargo para concorrer à Presidência da República como argumento para que ele dispute a reeleição em São Paulo no ano que vem.
No momento em que cresce a possibilidade de uma candidatura presidencial, o discurso é que Tarcísio não pode cometer “o mesmo erro” do ex-governador João Doria em 2022, que abandonou o governo – mesmo com a promessa de que cumpriria seu mandato integralmente – e sequer conseguiu viabilizar sua candidatura presidencial.
Doria não foi o primeiro a trocar o governo paulista por voos mais altos: o ex-tucano Geraldo Alckmin inaugurou a prática em 2006, abandonando o Palácio dos Bandeirantes para disputar o Palácio do Planalto, e repetiu o gesto em 2018. José Serra também renunciou em 2010. Desde lá, ninguém se deu bem nas urnas.
A justificativa é de que os paulistas não aprovam quem abandona o mandato, que ele tem uma reeleição mais do que garantida e que Tarcísio precisa entregar as obras que começou, de forma a deixar sua marca no maior colégio eleitoral do país antes de pensar numa eleição presidencial.
Tarcísio é o candidato preferencial da ala direitista do Centrão, mas Jair Bolsonaro tem como primeiro da sua lista de preferidos seu filho Eduardo.
Equipe BAF – Direto Brasília
Foto: Sérgio Lima/Poder 360
