Além da CCJ, outras comissões temáticas da Câmara estão sendo instaladas nesta quarta. Porém, o clima nos corredores é de que serão dois meses esvaziados, com poucas pautas pertinentes nos colegiados. As comissões tenderão a ser usadas mais como mecanismo de pressão, através de audiências públicas, do que efetivamente votação de matérias. Novo presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, Silvio Costa Filho, por exemplo, avisou que quer ouvir Paulo Guedes e Roberto Campos Neto sobre inflação. Com o tempo curto por causa das eleições, a tendência é que os projetos continuem sendo levados direto ao plenário ou passem apenas pela CCJ, no caso de matérias mais avançadas. O governo e sua base conseguiram emplacar presidências nas comissões temáticas, como a de Meio Ambiente e Minas e Energia. De um lado, evita o andamento de matérias ambientalistas no último ano da gestão atual e, por outro, devem tentar acelerar pautas como mineração em terras indígenas e revisão de marcos ambientais. No caso da CME, os deputados prometeram pressão sobre o aumento das tarifas de energia pelas distribuidoras e deixaram de lado, por enquanto, a mira sobre a Petrobras e os preços dos combustíveis.
Equipe BAF- Direto de Brasília