Ainda é cedo para avaliar a capacidade de resiliência do governo Lula até o início do processo eleitoral em 2026 após as pesquisas de popularidade indicarem, com veemência, um crescimento da percepção negativa do eleitorado. O governo segue perdido, sem uma marca e sem a certeza de que haverá tempo hábil para fixá-la.
Lula 3 investe no Pé de Meia, coloca todas as fichas na aprovação da isenção do IR até 5 salários, promete Vale Gás para um número muito maior do que o previsto inicialmente e agora oferece remédio da Farmácia Popular de graça. Dos itens apontados como causa da queda da popularidade, a aposta é que a inflação dos alimentos vai ceder e que o desgaste provocado pelo PIX vai desaparecer da memória da população em algum momento.
Se a reforma ministerial era importante, agora ela é imperativa, mais complexa e pode custar mais caro ao governo. O taxímetro do Centrão saltou da bandeira um para a bandeira dois, sem falar na garantia de manutenção do fluxo das emendas.
O cenário é complicado para o governo Lula 3 e, mesmo que o presidente perceba no futuro que não tem chances de ganhar, o petista não tem hoje um sucessor que junte todo mundo num mesmo projeto. Entre os governistas, não há uma unanimidade, assim como não há na direita, que hoje soma alguns possíveis nomes, mas todos interditados por Jair Bolsonaro.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Reprodução/Metrópoles
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