O ex-presidente Lula defendeu, em entrevista à rádio A Tarde (BA), que o novo Auxílio Brasil seja de R$ 600 em vez dos R$ 400 propostos pelo governo Bolsonaro. Lula disse que, se eleito, vai acabar com as emendas ao relator e com o chamado orçamento secreto. “Eu estou vendo agora o Bolsonaro dizendo que vai dar um auxílio emergencial de R$ 400 e tenho visto muita gente dizer que a gente não pode aceitar porque é um auxílio eleitoral. Não. Eu não penso assim. Faz mais de cinco meses que o PT pediu um auxílio emergencial de R$ 600. Aliás, que o PT pediu e mandou uma proposta para a Câmara dos Deputados de um novo Bolsa Família de R$ 600. Nós queremos é o que o Bolsonaro dê um auxílio emergencial de R$ 600. Se ele vai tentar tirar proveito disso é problema dele e é problema da sabedoria do povo. Nós reivindicamos isso”, afirmou. Lula não chegou a se aprofundar sobre os efeitos orçamentários da propostas, nem sobre a ameaça ao teto de gastos. Em rápido comentário sobre o ministro Paulo Guedes, ele disse que o governo “perdeu o controle sobre o limite que ele mesmo criou”. O ex-presidente, que vem batendo na tecla de que o Executivo perdeu o controle do orçamento para o Legislativo desde a criação do orçamento secreto, afirmou que vai acabar com as emendas do relator que somam R$ 20 bilhões. Ontem alguns petistas defendiam que o governo corte as emendas para viabilizar o novo auxílio, sem aumentar o desequilíbrio das contas públicas. Hoje à noite Lula participa da planária nacional da CUT e deve voltar ao assunto.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo
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