O governo está muito preocupado com os novos problemas que enfrenta no Congresso para a aprovação da PEC dos Combustíveis. O problema é que a PEC trará todo o pacote de bondades que o Planalto desenhou para tentar garantir renda à população mais afetada pela inflação, assim como os caminhoneiros, importante bloco de apoiadores de Bolsonaro.
A aprovação do texto emperrou porque parte do governo quis ampliar os benefícios, zerando a fila de cerca de 3 milhões de famílias que aguardam para serem incluídas no Auxílio Brasil, já com o novo valor de R$ 600. A ala política do Planalto e da campanha estão se queixando de novas amarras do ministro da Economia, Paulo Guedes, que estaria “embarreirando” a liberação das adesões ao Auxílio Brasil. Guedes, que estava sendo considerado o mais novo aliado da reeleição, estaria dificultando a liberação do novo benefício, sob a alegação de que não haveria mais espaço no orçamento, já esticado. O relatório do senador Fernando Bezerra foi adiado para ser votado hoje, mas há preocupação de que novos problemas surjam, atrasando ainda mais a implementação do pacote de bondades do presidente, considerado fundamental para tentar ajudar a reverter a desvantagem eleitoral de Bolsonaro.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília