Nem bem Bolsonaro confirmou sua filiação ao PL, os bolsonaristas dispararam uma campanha nos grupos de Whatsapp e Telegram para associar o presidente ao número 22, que representa a legenda. Na eleição passada, Bolsonaro fez uma campanha fortemente ligada ao 17, do PSL. Além de Bolsonaro deixar o partido, o próprio 17 acabou, já que o PSL uniu-se ao DEM no União Brasil, com o número 44. Assim, essa vinculação ao 17 passou a ser um problema para Bolsonaro na próxima eleição. Seus aliados nas redes sociais agora tentam correr atrás do prejuízo, reforçando o 22 como dois argumentos: o ano da eleição e a nova legenda. Com isso, antecipam a campanha eleitoral e ignoram os ritos da legislação, que só permite campanha após todas as convenções partidárias e indicação formal dos candidatos, o que acontecerá em meados do ano que vem. É uma situação diferente dos tucanos, que estão em campanha com vistas a 2022, mas em disputa interna, com as prévias.
Tatiana Farah – Direto de São Paulo