Os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, escolheram propor uma solução para a crise dos precatórios que preserva o teto de gastos. Eles acabaram de se reunir como ministro Paulo Guedes e vão sugerir aos líderes dos partidos mudanças na PEC enviada pelo Executivo que prevê o pagamento de R$ 39,8 bilhões em sentenças para 2022 e os restantes R$ 49,2 bilhões poderão ser quitados no ano que vem por meio de encontro de contas dos que têm alguma dívida com a União, compra de ativos e outorgas e negociações. Os valores que não puderem ser pagos em 2022 poderão ser previstos para o orçamento de 2023. “Tirar precatórios do teto não seria conveniente neste momento”, afirmou o presidente do Senado. Pacheco, Lira e Guedes concordaram que a crise dos R$ 89 bilhões em precatórios previstos para 2022 tem de ser enfrentada sem acabar com a principal âncora fiscal do Brasil, pagando imediatamente as menores sentenças e viabilizando o programa social que vai substituir o Bolsa Família. O ministro da Economia disse que confia no Congresso para aprovar as mudanças na PEC dos precatórios e, ao mesmo tempo, fortalecer o Bolsa Família em meio ao cenário de pressões inflacionárias, mas mantendo o teto de gastos porque esse é o compromisso com as novas gerações. Lira pretende instalar a comissão especial e defendeu tramitação mais célere. A partir de agora a proposta será submetida aos líderes.
Arnaldo Galvão e Daiene Cardoso – Direto de Brasília
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