A retirada de pauta da MP da Crise Hídrica aconteceu para que o relator consiga negociar com líderes um novo texto. O governo passou a articular desde ontem a retirada dos jabutis, que envolvem os gasodutos, subsídios para carvão e mudanças no Proinfa. Desta vez, o Executivo não quer ‘pagar o preço’ como fez com a MP da Eletrobras. Agora, para tentar aprovar a matéria ainda nesta semana, o relator Adolfo Viana avalia deixar de fora do texto a prorrogação do subsídios para o carvão, tido como um dos temas mais polêmicos. Foi também o que aconteceu durante a medida da Eletrobras, que chegou a incluir em seu texto final uma prorrogação semelhante para beneficiar a bancada do Sul. Além de ser uma geração térmica mais ‘suja’ do que outras fontes, como gás natural ou até mesmo diesel, existe uma questão de opinião pública: a MP poderia beneficiar o setor de carvão mineral um mês antes da COP 26, enquanto o Brasil ainda não andou com as pautas da agenda climática, como a regulamentação do mercado de carbono.

Equipe BAF – Direto de Brasília

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