O programa de redução voluntária da demanda de consumidores eletrointensivos, como foi desenhado pelo governo, permite que apenas 84 CNPJs possam aderir, segundo o levantamento da Abrace. A proposta é uma das grandes frentes de atuação do Executivo perante a crise hídrica e uma das principais formas de minimizar a possibilidade de racionamento de energia. Pelo texto do governo, a redução voluntária de grandes empresas e indústrias teria de ser no mínimo de 30 MW médios. A associação de grandes consumidores, junto com outras entidades do setor, pressiona para que o Ministério de Minas e Energia coloque o mínimo para 5 MW, o que permitiria que pelo menos 620 empresas listadas na CCEE possam aderir ao programa voluntário de redução de demanda. Dentro do MME, a mudança está sendo avaliada e já é discutido um volume mínimo de 10 MW para que a iniciativa tenha maior amplitude. A proposta está em consulta pública e deve ser anunciada até o final do mês, segundo o próprio ministro.