A expectativa sobre qual será o figurino de Lula na disputa eleitoral vai continuar pelo menos até o início do ano que vem. Colaboradores do ex-presidente dizem que a instabilidade econômica provocada por Bolsonaro inviabiliza qualquer tentativa de formulação de propostas para a área neste momento. Já a equipe que vai coordenar a campanha –e elaborar o programa de governo—vai depender da aliança a ser construída em torno da candidatura do petista. Lula quer uma coligação que vá do PSOL ao PSD, passando pelo PSB, ainda no primeiro turno. A expectativa no PT é de que este quadro só ficará claro depois do Carnaval e a consolidação de alianças não acontecerá antes de março. Até lá as tarefas serão distribuídas entre integrantes de um grupo embrionário formado somente por petistas. E o discurso na área econômica vai se limitar ao resgate do legado das administrações do petista entre 2003 e 2010, sem a apresentação de propostas.
Ricardo Galhardo – direto de São Paulo