O ONS tem dito a integrantes do setor elétrico que, mesmo com as ações da CREG para o final do período seco, há chance de déficit de potência em novembro, quando a crise hídrica deve atingir o pior momento dos reservatórios em 2021. Nas projeções de cenário menos otimistas do operador, o déficit pode ultrapassar 1 GW mesmo com o uso das térmicas e de quase 5 GW de reserva operativa. Com a importação de energia, é possível um cenário sem déficit, mas ainda sim com preocupações. Além da importação depender do consumo e abastecimento da Argentina e do Uruguai, a reserva operativa é usada para garantir a frequência do atendimento do sistema e, caso a demanda seja maior do que a reserva operativa existente, seja por pico de consumo, indisponibilidade da reserva ou até mesmo perda de linha de transmissão, o sistema elétrico colapsa. Agentes do setor não tem consenso sobre o que seria a melhor solução – alguns defendem que já é o momento de cortes programados para evitar apagões, mas outros avaliam que o próprio ONS consegue administrar o déficit durante a operação. Mesmo com a situação considerada mais crítica, o MME ainda aposta nas ações da CREG como forma de passar pelos próximos meses sem apagões.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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