Há risco de os dois indicados para diretorias do Banco Central serem sabatinados no ano que vem porque o recesso do Congresso começa em 19 de dezembro e ainda não há relator nem data para as sabatinas de Diogo Abry Guillen (política econômica) e Renato Dias de Brito Gomes (organização do sistema financeiro) na Comissão de Assuntos Econômicos. Essa indefinição no Senado não significa a paralisia do Comitê de Política Monetária. O calendário do Banco Central prevê que a próxima reunião será em 1º e 2 de fevereiro de 2022. O quórum mínimo de deliberação é de metade dos oito diretores mais o presidente. A Lei Complementar 179/2021 prevê a autonomia formal do BC e estabelece que o prazo de gestão do presidente e dos diretores se estende até a investidura do sucessor no cargo. Os mandatos de Fábio Kanczuk e João Manoel Pinho de Mello se encerram em 31 de dezembro.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília