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Ano eleitoral vai começar com tensão fiscal

Independentemente de o governo cumprir a promessa de realizar um déficit primário equivalente a 1% do PIB em 2023, o ano que vem deve começar com a obrigação dos contingenciamentos elevados, o que vai tensionar a equipe econômica com os parlamentares e com os demais ministros. Neste último trimestre do ano, técnicos da equipe econômica e do Congresso traçaram diversos cenários e um deles, considerado provável, vai exigir bloqueios de gastos no limite das normas legais, o que significa 25% das despesas discricionárias ou aproximadamente R$ 53 bilhões para tentar cumprir a promessa do equilíbrio entre receitas e despesas. Os interlocutores do Executivo no Congresso sabem que é praticamente impossível aprovar grandes reformas e até emendas constitucionais em anos eleitorais. Essas oportunidades aparecem no primeiro e terceiro anos dos mandatos presidenciais. No cenário médio dos especialistas em orçamento, o governo terá de lidar com arrecadação insuficiente, pisos constitucionais da saúde e da educação que pressionam um nível alto de despesas e meta fiscal ousada. Contingenciamentos altos significam que os deputados e senadores terão grandes dificuldades para executar suas emendas, mas seus candidatos a prefeito já estarão com a campanha nas ruas.

Arnaldo Galvão – Direto de Brasília

Foto: Pixabay

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