Como esperado, Luiz Fux disse que Jair Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao estimular o descumprimento de decisões judiciais. Também, como adiantado pelo BAF, jogou a bola para o Congresso. Mesmo sem usar a palavra impeachment, deixou claro que, em tal quadra, caberia ao Parlamento colocar um fim na carreira do chefe da nação. Além disso, chamou a atenção para problemas reais do País: inflação, desemprego, crise hídrica e pandemia. Logo após Fux, foi a vez de Augusto Aras. O PGR proferiu um discurso discurso morno e tentou normalizar o que hoje acontece no país. Disse ainda que o sistema constitucional previu separações e que quem tem a exclusividade para eventuais denúncias é o Ministerio Público, que por seu porta voz deixou implícito que não levantará grandes acusações contra o chefe. O mais provável é que um “procedimento interno” seja aberto nos próximos dias para apurar as falas de Bolsonaro. Tal procedimento, no entanto, só resultará em denúncia caso Aras vislumbre algum tipo de vantagem com o próximo presidente da República.

Severino Motta – Direto de Brasília

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