Ficou para esta quarta-feira a palavra final da Primeira Turma do STF sobre a denúncia contra Jair Bolsonaro por suposta tentativa de golpe de Estado. Até aqui, o ex-presidente e sete aliados perderam todos os pleitos feitos aos ministros, como previsto.
Se Bolsonaro pretendia pressionar os ministros com sua presença em plenário, conseguiu apenas manter sua “tropa” mobilizada com a mensagem de disposição de encarar o que vem pela frente.
Durante o julgamento, alguns denunciados usaram a estratégia de questionar a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, outros preferiram a defesa própria a partir da delação, como o ex-ministro Augusto Heleno e o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier. Eles sustentaram que não apoiaram a ideia, o que é uma clara demonstração de desvinculação da narrativa de Bolsonaro.
Acabando a fase de análise da denúncia pelo STF, a mobilização do ex-presidente será agora em abril na avenida Paulista, onde pretende compensar o fracasso da manifestação em Copacabana. O foco será insistir no avanço do projeto da anistia na Câmara.
No próximo domingo a esquerda fará um ato em São Paulo contra a proposta. A partir da mudança de status de Bolsonaro de denunciado para réu, a movimentação da direita e da esquerda será para mostrar quem coloca mais gente na rua.
Equipe BAF – Direto Brasília
Foto: Gustavo Moreno/STF
