Depois de acumular uma série de derrotas na convenção que decidiu pela fusão entre o DEM e o PSL e deixar o evento de forma intempestiva, o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, disse a interlocutores que vai sair do partido. O destino é o PL, partido que integra a base do governo Jair Bolsonaro e ao qual foi filiado entre 1987 e 1997, no início de sua carreira política. Segundo fontes próximas a Valdemar Costa Neto, não existe impeditivo político para a filiação. Interlocutores de Onyx disseram que a decisão deve ser anunciada na semana que vem, mas a formalização só acontecerá depois que a fusão entre DEM e PSL for homologada pelo TSE abrindo uma janela para troca partidária sem a perda de mandato. O ministro foi eleito deputado federal em 2018. Na convenção desta terça-feira, Onyx não conseguiu fazer com que o novo partido, batizado União Brasil, votasse pelo apoio à reeleição de Bolsonaro e ficou de fora da direção partidária. Para piorar, o comando da nova legenda no Rio Grande do Sul, berço político do ministro, deve ficar com o deputado estadual Thiago Duarte, desafeto de Onyx. A assessoria do ministro foi procurada, mas não respondeu até a publicação desta nota.

Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo

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