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Tática de Bolsonaro é culpar PT

O presidente Jair Bolsonaro transmitiu aos aliados a nova estratégia do governo para tirar das suas costas o peso do aumento dos combustíveis. Segundo Bolsonaro, o país está pagando esse preço caro pelos combustíveis por causa dos anos de corrupção do PT na Petrobras, que causaram um rombo de mais de R$ 900 bilhões na empresa. Se a Petrobras não tivesse sido saqueada, as refinarias teriam sido construídas, o preço do petróleo estaria nacionalizado e a empresa não precisaria estar praticando a política introduzida durante o governo do ex-presidente Michel Temer de PPI. Esse argumento, se bem construído e bem divulgado, ajudaria os eleitores a “entenderem” o motivo dos altos preços dos combustíveis e poderiam se convencer de que o presidente Bolsonaro “não tem culpa”. Ao contrário, que Bolsonaro está buscando formas de diminuir o problema, seja pedindo a redução dos preços à empresa, reduzindo impostos (como já fez), ou com a batalha contra os governadores pela redução do ICMs dos combustíveis. Ontem, na reunião com deputados e senadores no Planalto, Bolsonaro queixou-se de estar apanhando “injustamente” no caso do preço dos combustíveis. Citou que ele recuperou a empresa que estava quebrada pela “roubalheira petista” e que não vê queixas ou cobranças por esse assalto ocorrido na Petrobras nos governos Lula e Dilma. Apesar do novo discurso, Bolsonaro não deixou de criticar a Petrobras por não segurar os preços. Seguindo seu raciocínio, nem o presidente da República, nem a Petrobras seriam os culpados pelos preços dos derivados de petróleo, mas sim o PT pelo que praticou contra a empresa. A narrativa de Bolsonaro já está sendo amplamente usada pelos aliados nas tribunas do Congresso.

Tânia Monteiro – Direto de Brasília

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