Parlamentares do DEM não têm mais a menor dúvida da saída de Rodrigo Maia do partido e avaliam que a desfiliação ajudará até a pacificá-los, uma vez que ele “caiu atirando”. O DEM vive um momento de retomada à direita, caminho contrário que Maia tentou construir nos últimos tempos. Gilberto Kassab viveu situação semelhante, quando decidiu criar o PSD e causou um estrago nas fileiras do DEM (feito que agora é improvável que Maia cause). “Partido de Centro não existe, é partido de direita, mas não no padrão Bolsonaro”, resumiu Sóstenes Cavalcante (RJ). Na avaliação dos parlamentares, Eduardo Paes não deve seguir Maia porque não tem interesse político em se colocar como oposição ao governo Bolsonaro e inviabilizar sua gestão no Rio. O esforço é para segurar na legenda o vice-governador paulista Rodrigo Garcia. Oficialmente, o DEM afirma que tem identidade com o governo na agenda econômica, mas não na pauta de costumes. “Não votamos qualquer coisa que vier do governo”, disse o líder na Câmara, Efraim Filho (PB).

Daiene Cardoso e Chico de Gois – Direto de Brasília

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