Sucessão na câmara

Com o clima de confronto entre os grupos de Rodrigo Maia e Arthur Lira, ainda não há como apontar favoritos para a sucessão na Câmara em 2021, muito menos prever a agenda legislativa de 2021, uma vez que a pauta depende da vontade de quem vai se sentar na cadeira presidencial. Arthur Lira saiu na frente, já está negociando espaços na Mesa Diretora e pode largar na disputa com 150 votos, estimam aliados do líder do PP. Maia sinalizou apoio a vários candidatos e acabou se prejudicando, enquanto Lira é criticado nos bastidores por antecipar a largada. Para personagens importantes do jogo político no Congresso, Maia não teria mais chances de se reeleger e talvez perca força até para eleger alguém próximo, como Baleia Rossi (MDB/SP). “O Rodrigo já está ficando sem clima de disputar de novo”, resumiu um deputado. O que dizem nos bastidores é que ainda não surgiu um “caminho do meio”, um franco favorito. Os ministros Fábio Faria e Teresa Cristina são avaliados como possibilidade remota para concorrer, ainda mais depois que Lira avisou que não aceitará outro candidato apoiado pelo Palácio do Planalto. Nomes como Marcos Pereira (Republicanos/SP) e Marcelo Ramos (PL/AM) tentam se viabilizar, mas no caso do último o PL pressiona para que ele desista. Nos últimos dias, Maia se encontrou com a oposição e tenta buscar uma alternativa que atraia a integralidade do bloco. Na definição de um importante parlamentar, “o trânsito segue engarrafado, não dá para ir para canto nenhum” e nesse ambiente, nada será votado.

Daiene Cardoso e Chico de Gois – Direto de Brasília

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