Líderes de bancadas devem se reunir na próxima quarta-feira pela manhã para conhecer a proposta (integral ou parcial) de Aguinaldo Ribeiro (PP/PB) para a PEC da Reforma Tributária. O relator esteve em Brasília nesta semana e considera que as coisas “evoluíram muito”. A finalização do texto está condicionada a real disposição dos partidos de buscar um acordo. Se houver entendimento entre os líderes sobre o conteúdo do texto, a proposta é votar na comissão mista no dia 9/12, passar pela comissão especial e dia 15/12 apreciar no plenário da Câmara. O relator deve procurar o presidente do colegiado misto, senador Roberto Rocha (PSDB/MA), para acertar a votação. A ideia inicial é concluir o primeiro turno da PEC no plenário da Câmara este ano e deixar o segundo turno para fevereiro de 2021. O objetivo de acelerar a Reforma Tributária é sinalizar positivamente para o mercado financeiro, uma vez que temas negativos – como prorrogação do auxílio emergencial e teto de gastos em vias de comprometimento – dominaram o noticiário. Paulo Guedes colocou pressão sobre a base aliadas e quer a votação de assuntos ligados à retomada da agenda econômica assim que acabarem as eleições. O Executivo também pressionou seus principais líderes sob a justificativa de que eles já estão sendo contemplados pelo governo e entregaram até agora muito pouco. Sem a pressão do governo, o Centrão poderia se acomodar no argumento de que a interdição da pauta de Rodrigo Maia era necessária para impedir que ele saia com patrono de mais uma reforma.

Daiene Cardoso  – Direto de Brasília

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