Ao publicar e, na sequência, apagar um tweet onde confirmava a prorrogação do auxílio emergência por mais três meses nos valores de R$ 500, R$ 400 e R$ 300, o ministro da Segov, General Luiz Eduardo Ramos, evidenciou a dificuldade do governo em fechar uma proposta que seja facilmente aceita pelo Congresso Nacional. O governo pretende tomar uma decisão hoje e a tendência é anunciar o que Ramos já antecipou. Ao BAF, parlamentares (incluindo os do Centrão) defendem a manutenção de parcelas de R$ 600 por pelo menos dois meses. Em todas as entrevistas e agora nas redes sociais, Rodrigo Maia vai nessa linha. O argumento do governo é que, somada as três parcelas adicionais, serão R$ 1.200 da mesma forma. A dificuldade do Centrão em votar uma redução se deve à capilaridade dos partidos do bloco em regiões beneficiadas fortemente por esta ajuda financeira na pandemia. Jair Bolsonaro se beneficiou politicamente do auxílio-Covid e gostou disso. Se o governo optar por prorrogar a ajuda pelo mesmo valor, nem precisará de novo aval do Congresso, mas se reduzir terá de negociar de novo com os parlamentares. Membros da equipe econômica acreditam que a relação com o Congresso melhorou. Esse será um bom teste. 

Daiene Cardoso e Chico de Gois – Direto de Brasília

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