Cansado das ações dos bolsonaristas nas redes sociais, Rodrigo Maia deixou claro que as declarações do presidente da República para alimentar sua base contra ele motivaram a ameaça de colocar para votar hoje a MP 1000. Desde o início da legislatura, Maia vem sendo atacado ininterruptamente nas redes sociais e vem sinalizando que não se esquecerá disso. Ao deixar a cadeira de presidente para discursar na tribuna, Maia assumiu a postura de deputado “pessoa física”, chamou Jair Bolsonaro de mentiroso, reclamou que o mandatário costuma transferir responsabilidades, disse que se o seu governo não teve coragem de pautar o 13º do Bolsa Família e interditou a discussão sobre um novo programa de transferência de renda. “Se ele não consegue promover a melhora do Bolsa Família, a responsabilidade é exclusiva dele”, enfatizou. Maia contou que se irritou com a tentativa de Bolsonaro em “comprometer a imagem do presidente da Câmara” e concluiu que foi a Câmara que comandou o País quando Bolsonaro se dedicava a afrontar o Parlamento. Neste início de tarde, Maia se colocou como um “adversário leal” contra a agenda de costumes, mas não há dúvidas de que o presidente da Câmara irá além de um mero opositor quando deixar o comando da Casa. Seja qual for o posto de liderança que ocupar a partir de fevereiro de 2021, Maia continuará sendo um articulador fundamental na Casa, para sorte ou azar do governo. Não à toa, foi aplaudido de pé pela oposição hoje e ouviu do líder Alessandro Molon (PSB/RJ) que “o que nos une é maior do que o que nos afasta”.

Daiene Cardoso – Direto de Brasília

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