A Lei do Gás não deve entrar na pauta da Câmara nesta semana. Oficialmente, a pauta de terça já está cheia e a sessão do Congresso Nacional deve tomar toda a quarta-feira. Nos bastidores, a demora é lida como um indicativo de que Rodrigo Maia ainda não está satisfeito com o trabalho do relator, Laércio Oliveira (PP/SE), em seu texto. Mesmo tendo recebido vários deputados na última semana, o relator se recusa a mudar qualquer aspecto do relatório e conta com apoio incondicional da Economia. Segundo lideranças ouvidas pelo BAF, a falta de diálogo deve colocar o projeto na geladeira até que haja acordo em algum ponto. Uma das principais sugestões em discussão e defendida por associação ligada às distribuidoras é o uso de térmicas para ancorar a demanda do gás natural e viabilizar obras de gasodutos. O governo e Laércio rebatem que isso pode encarecer o preço do gás e que é possível interiorizar o insumo com a liquefação e uso de caminhões. Durante a votação da urgência, Maia destacou que só pautaria o projeto depois que o relator articulasse um texto com a oposição – que, nesse caso, não se limita só aos partidos de esquerda.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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