Durou pouco, como esperado por quem conhece o ministro Paulo Guedes e o histórico do presidente da Câmara, Arthur Lira, a lua-de-mel entre os dois. Bastou a votação do Orçamento com surpresas de aumento de despesas para emendas parlamentares para que farpas passassem a ser trocadas nos bastidores. Antes, emissários de Guedes afagavam Lira, dizendo que ele podia ser tudo o que Rodrigo Maia prometia, mas com entregas no campo das reformas, se cacifando com o mercado. Agora, nos corredores do ministério, já se ouvem comentários jocosos acerca de fisiologismo e batalha por emendas. Por parte de Lira, os ataques não foram bem recebidos, e há uma sensação de que o pacote de emendas prometidas pelo governo quando da eleição do Congresso podem não ser entregue às vésperas da eleição do ano que vem. Por ora, é cedo para dizer se esse mal-estar pode complicar as reformas, mas a disputa para que haja veto por parte do presidente Bolsonaro – ainda que parcial – para evitar problemas com o TCU pode elevar a temperatura.

Mário Sérgio Lima – Direto de Brasília

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