Rodrigo Maia demonstrou bastante irritação com a obstrução da base aliada por causa do comando da CMO. “Se o governo não tem interesse nas MPs, não tenho o que fazer. A base obstrui e eu cancelo a sessão”, minimizou. Maia lembrou que havia um acordo feito em fevereiro em torno da presidência da CMO e disse que se a palavra não pode ser cumprida agora, não há motivo para a comissão funcionar agora porque o colegiado só funciona por acordo. “É besteira gastar energia com a instalação dessa comissão”, opinou. O presidente da Câmara destacou que se a CMO não funciona, “é um problema do governo” e que as matérias poderiam ir direto à votação em plenário. Em tom de insatisfação, Maia cobrou empenho do governo na votação da Reforma Tributária e na PEC Emergencial, diferentemente do que está sendo visto agora. Questionado sobre a possibilidade de colocar a MP 1000 em votação para conseguir com que a oposição saia da oposição para se conseguir votar algo na Casa, Maia sinalizou que sim, dependendo do que for colocado na pauta mais adiante. Em resposta a Paulo Guedes sobre “acordo políticos” que estariam inviabilizando as privatizações, Maia lembrou que quem tranca a pauta na Câmara é um PL do governo (BR do Mar) e que a obstrução pesada está sendo feita pelos aliados do Palácio do Planalto na Casa. Neste momento, o plenário tenta votar a indicação da Câmara para o CNJ.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
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