O presidente da Câmara decidiu não se posicionar sobre a declaração do ministro Ricardo Salles negando que ele tenha feito o tweet onde o chamou de “Nhonho”. A ideia é não esticar a polêmica. O termo irrita Rodrigo Maia, uma vez que já foi usado diversas vezes pela “militância digital bolsonarista” para atacá-lo, incluindo os filhos de Jair Bolsonaro. Maia não se esquece desses ataques e, segundo aliados, não toparia assumir um cargo no governo também porque está bem vivo na memória o cerco liderado por Olavo de Carvalho. Notícias de que ele poderia ser nomeado ministro, inclusive, são tratadas como mera especulação no seu entorno. O parlamentar, no entanto, fez questão hoje de usar as redes sociais para esclarecer a situação com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Netto. Mais cedo, Maia criticou Campos Netto por “ter vazado para a imprensa uma conversa particular” e escreveu que a atitude não estava “à altura de um presidente de Banco de um país sério”. Na sequência, o deputado contou que recebeu uma ligação de Campos Netto negando o vazamento e Maia enfatizou que confiava na palavra do presidente do BC. Fica claro no episódio que a relação de Maia com Campos Netto está em outro patamar, diferentemente do contato com Salles, que vem se esforçando nos últimos dias para preencher o vácuo deixado por Abraham Weintraub no núcleo ideológico do governo.

Daiene Cardoso – Direto de Brasília

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