Após Rodrigo Maia ter confirmado que a Lei do Gás seria votada nesta terça, o projeto não aparece na pauta da semana. Em reunião fechada com parlamentares que apoiam o texto nesta manhã, o relator disse que o PL ficou semana que vem. Líder do NOVO, Paulo Ganime (NOVO/RJ), justificou a postergação com a agenda cheia e a discussão sobre vetos presidenciais que serão votados só dia 2/9. Mas o BAF apurou que a mudança de planos acontece após uma reunião durante o final de semana de Rodrigo Maia com o presidente da Abegás, que representa as distribuidoras, e com o consultor Adriano Pires. Os dois são os maiores defensores de mudanças no texto. Além da conversa, começa a se solidificar na Câmara uma resistência suprapartidária da bancada da Bahia em relação ao texto, capitaneada por Elmar Nascimento (DEM/BA), que defende a inclusão de leilões de térmicas locacionais para garantir a demanda e interiorizar o gás. O BAF encontrou deputados baianos do PSD, DEM, MDB, PL e Republicanos que disseram ter discordâncias com o texto, fora a oposição que é contrária ao projeto. O vice-líder do blocão, Otto Alencar Filho (PSD/BA), apontou resistência com a mudança de concessão para autorização no transporte de gás. Para ele, o item tira poder dos governadores e dá à ANP, o que prejudicaria os governos estaduais.
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