Com a decisão do STF de impedir a reeleição de Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia, o cenário fica tumultuado tanto na Câmara como no Senado, sendo improvável que haja definição nesta semana. Entre os deputados, a tendência é surgirem mais nomes na disputa. Fábio Ramalho (MDB/MG) e Fernando Coelho (DEM/PE) já voltaram a ser mencionados pelos colegas hoje, além dos nomes próximos de Maia. A única definição até o momento é que o candidato do Centrão é Arthur Lira (PP/AL). Do outro lado, os preferidos de Maia seriam Baleia Rossi (MDB/SP) e Aguinaldo Ribeiro (PP/PB). A posição do Supremo também trouxe uma impasse no DEM: o partido vai ficar sem presidir as duas Casas? Isso porque no Senado, a expectativa é que Davi Alcolumbre abrace uma candidatura do MDB, por isso Elmar Nascimento (DEM/BA) se animou com a possibilidade de a sigla priorizá-lo. “Ficou fundamental ter pelo menos uma Casa”, disse ao BAF. O deputado contou que era visto como “plano B” porque a prioridade era reeleger Alcolumbre. Agora, a questão se reverte ao MDB e, na avaliação de Elmar, Baleia pode ser preterido se ficar claro que no Senado o candidato com chances de vitória virá do MDB. Todos os candidatos colocados até agora tem algum nível de dificuldade: Ribeiro por disputar sem o amparo do PP, Baleia por ter a antipatia do PT, Marcos Pereira (Republicanos/SP) por ter proximidade com o governo. No Republicanos, o discurso é de que se Pereira está na articulação do bloco de Maia, mesmo que ele seja escanteado, o deputado deve trabalhar para que a legenda permaneça no bloco. Até o momento, o cenário que se desenha aponta que o sucessor de Maia sairá de seu grupo ou do grupo liderado por Lira, sem sinais ainda de uma terceira via.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
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