Deputados independentes e que compõem a base governista rechaçaram a proposta de inclusão do projeto de Renda Básica nos recursos do Fundeb e querem que as novas regras já valham para 2021. Ao BAF, os parlamentares disseram que não há como misturar programas sociais com educação e não aceitam que o recurso seja destinado também para pagar previdência. Eles dizem compreender que o governo queira evitar mais despesa, mas que a PEC relatada pela Professora Dorinha Seabra já foi muito debatida, tinha apoio majoritário e que, a essa altura, poucas sugestões do governo poderiam ser aceitas, como a retirada do CAQ (valor aluno/qualidade) e a exigência dos municípios gastarem todo o teto em recursos humanos. Os deputados contaram que a proposta apresentada pelo governo foi improvisada e mal escrita e que a Segov alegou que demorou para se posicionar por causa do impasse na escolha do novo ministro da Educação. Os deputados avaliam que o texto que for ao plenário terá apoio amplo porque não querem passar a imagem de que votaram contra mais recursos para Educação. Segundo as fontes, Rodrigo Maia pediu que os parlamentares e a relatora buscassem consenso com o governo, nem que isso levasse toda a semana e a votação fosse adiada. Várias rodadas de reuniões aconteceram ao longo do dia. Como até o momento não houve acordo, os deputados avaliam que o governo deve ganhar mais uma semana para negociar com os deputados. Aos jornalistas e em plenário, no entanto, Maia disse que pretende votar a PEC amanhã.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
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