Apesar da informação de que a equipe econômica organizará uma “força-tarefa” para defender o teto de gastos, líderes na Câmara e no Senado, alguns do governo inclusive, disseram ao BAF desconhecer a mobilização e avaliam que, neste momento, há chances de prosperar a tese de flexibilização em favor de projetos estruturantes. A ideia de um roadshowmostrando a situação fiscal do País e as consequências de se deixar o mecanismo de lado pode ser eficiente, Michel Temer usou esse tipo de esforço para explicar a necessidade da Reforma da Previdência de forma didática e objetiva, envolvendo todos os aliados do governo na Câmara (principalmente Rodrigo Maia) nas discussões. O ex-presidente chegou perto dos 308 votos para a reforma, só não avançou por causa da delação da JBS, que mudou o clima político. Agora a equipe econômica pensa na mesma estratégia para convencer o Congresso a não mexer no teto, enquanto o ministro Rogério Marinho recebe parlamentares todos os dias e defende a flexibilização. Marinho, Tarcísio Freitas e Fábio Faria são os ministros que mais conversam com deputados e senadores. “É muito difícil manter isso aí (teto)”, avaliou um dos líderes do governo no Senado.