A mudança no regimento interno da Câmara, feita por Arthur Lira na semana passada, permitiu que os deputados votassem a MP da Eletrobras em apenas uma noite. A sessão, que se estendeu pelo início da madrugada, foi o suficiente para aprovar texto-base e contornar toda a obstrução da oposição, bem como rejeitar todos os destaques. O texto segue agora para o Senado. Elmar Nascimento conseguiu alinhar a base do governo para apoiar o seu substitutivo, que foi aprovado mantendo a previsão de contratações de térmicas e PCHs – considerado jabuti por muitos deputados. A oposição se juntou com o Novo e o MDB em críticas ao texto, mas não foi suficiente para diminuir a média de 300 votos favoráveis a versão do relatório. A atuação do MDB contra o texto foi articulada por Rodrigo Maia. Além de discordar dos trechos, há um componente pessoal para tentar atingir o desafeto – a decisão de Elmar em apoiar Lira para eleição da Mesa Diretora da Câmara fez com que o DEM rachasse no apoio à Baleia Rossi, candidato de Maia.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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