Parlamentares não se surpreenderam com a manifestação de Rodrigo Maia sugerindo que vai engavetar o projeto aprovado no Senado que limita em 30% ao ano os juros de cheque especial e cartão de crédito. Os argumentos de Maia hoje são os mesmos que ele deu no dia 7 de julho em entrevista coletiva: que os bancos precisam rediscutir seus produtos, que as taxas são “absurdas e extorsivas”, que era contra o tabelamento de juros, mas que produtos com taxa alta precisam acabar. “Os bancos têm de procurar produtos que remunerem o capital, mas não com a força e a violência do cheque especial e os cartões de crédito”, disse na ocasião. Na última terça-feira, o BAF informou que projetos como o aprovado pelos senadores tinham tudo para serem esquecidos por Maia. Deputados do Centrão e de partidos ligados a Maia disseram ao BAF que concordam com o presidente da Câmara, chamaram a medida de artificial e argumentaram que um teto não pode ser estabelecido por lei ou decreto, mas pelo próprio mercado. Eles, no entanto, criticaram o patamar de juros de cartão e cheque especial e defenderam uma rápida redução dos juros. A oposição pretende mobilizar outros partidos para “convocar” a Febraban e “exigir soluções imediatas”. Caso a entidade não apresente soluções, a oposição afirma que vai pressionar pela votação do projeto do Senado.

Daiene Cardoso – Direto de Brasília

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