Bastidores da briga pelo CMO

Não há ainda sinal de acordo para a escolha do presidente da CMO. Ainda que seja um mandato que vai durar, no máximo, até março de 2021, o embate antecipado entre Rodrigo Maia e Arthur Lira pela presidência da Casa começou com um compromisso firmado entre o líder do PP e Elmar Nascimento (DEM/BA). Segundo fontes, no começo do ano o deputado da Bahia teria pedido o apoio de Lira para presidir a comissão e, em troca, não seria candidato à sucessão de Maia. Tempos depois, Lira soube que Elmar estaria dizendo aos líderes que seria candidato à presidência da Câmara de qualquer forma. Ter um presidente da CMO que é candidato à vaga de Maia desperta sempre a suspeita de que o parlamentar pode usar o cargo para angariar votos via emendas no Orçamento. Com a suposta quebra do acordo, o Centrão passou a argumentar que o cenário mudou, que o DEM é só a sétima bancada e o que o maior partido do bloco, o PL, deveria presidir a CMO. Dos nomes do PL na CMO, Wellington Roberto tem reservas em relação a Zé Rocha (BA) e só teria Flávia Arruda (DF) para indicar. Ao BAF, Elmar confirmou que ainda não há entendimento, que não vai desistir do cargo e lamentou a antecipação da disputa pela presidência da Câmara. O deputado acredita que a saída para o impasse é a urna. “Quem tiver voto, leva (a CMO)”, resumiu.

Daiene Cardoso  – Direto de Brasília

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