Com o STF caminhando para liberar a possibilidade de reeleição de Rodrigo Maia, a expectativa nos próximos dias é se o atual presidente da Câmara vai arriscar uma nova candidatura ou se realmente vai apontar o dedo para um de seus aliados. Nas projeções do grupo de Maia é possível alcançar mais de 300. Hoje eles avaliam que poderiam contar com Republicanos e PSL, chegando a pouco mais de 200 votos. Se levarem a oposição toda, teriam os sonhados 300 apoiadores. O problema é que a conta não é tão redonda assim: se Marcos Pereira não for o escolhido de Maia, é improvável que o Republicanos embarque na candidatura do grupo, assim como boa parte do MDB caso Baleia Rossi não seja o candidato oficial. No PSL, por exemplo, é preciso contabilizar quantos votos Luciano Bivar conseguiria realmente agregar, uma vez que parte é bem bolsonarista (votará em quem o presidente da República determinar) e a outra parte rompeu com Jair Bolsonaro. Já a oposição vive uma crise interna e pode haver um racha entre PT e PSB. “Por enquanto (o cenário) é de pseudo unidade”, analisou um líder governista. Os partidos até o momento não oficializaram o apoio a nenhum pré-candidato e aguardam a definição do nome que sairá do grupo de Maia para começar a tomar posição. Nem PL e PSD, que caminham para apoiar Arthur Lira, sacramentaram a aliança ainda. O fiel da balança hoje não é nenhuma bancada em si. Tudo vai depender de quem emergirá do bloco coordenado pelo atual presidente da Câmara como adversário de Lira.

Daiene Cardoso – Direto de Brasília

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