No dia em que a base bolsonarista adotou estratégias regimentais da oposição para evitar uma derrota importante no andamento da PEC do Voto Impresso, o governo ganhou tempo para buscar uma saída que dê à proposta mínimas chances de vitória no plenário da Câmara. Após perceber que haveria ao menos 22 votos contra e 12 favoráveis, o relator Filipe Barros (PSL/PR) pediu prazo adicional até a próxima reunião para apresentar um novo texto. Na prática, o assunto só voltará à discussão em agosto, no retorno do recesso parlamentar. Os bolsonaristas sinalizaram na comissão especial nesta tarde que podem aceitar a possibilidade de que os votos impressos sejam parcialmente conferidos de forma manual. A PEC prevê que todas as urnas passariam a ter uma impressora, de forma que o eleitor possa conferir no papel seu voto. A tarefa do governo será árdua, uma vez que 11 partidos se uniram contra o voto impresso e trocaram membros do colegiado para garantir a rejeição do mérito da PEC. Durante a sessão nesta tarde, os bolsonaristas argumentaram que se há dinheiro para triplicar o fundo eleitoral, há recursos também para a implementação do voto impresso.

Daiene Cardoso – Direto de Brasília

Share on whatsapp Share on facebook Share on twitter Share on linkedin

Copyright ©2020 Todos os direitos

Close