Arthur Lira quer votar em duas semanas o projeto que barra os supersalários no serviço público. A proposta está parada desde o fim de 2018 e ganhou o apoio definitivo de Lira após as manifestações públicas do procurador-geral de São Paulo, Mário Sarrubbo, contra a aprovação do projeto que revisa a Lei de Improbidade Administrativa. Líderes também vinham pressionando o presidente da Câmara a trazer a matéria para o plenário. Outro fator que contribuiu para que o projeto saísse da gaveta foi a instalação da comissão especial da Reforma Administrativa. No colegiado, há um forte discurso de inclusão de outros Poderes na reforma e de “fim dos privilégios”. Ao BAF, o relator do projeto, Rubens Bueno (Cidadania/PR), descartou alterações no seu parecer neste momento, mas a partir da semana que vem voltará a conversar com líderes para alinhar o texto. Não está prevista a discussão direta nesta proposta sobre a portaria de Jair Bolsonaro que aumentou seu salário e de alguns ministros e militares, mas o texto vai abordar o pagamento de verbas indenizatórias. Bueno votou contra a PEC da Reforma Administrativa na CCJ sob a alegação de que o projeto dos supersalários precisava ser priorizado. “É impossível se votar a Reforma Administrativa sem coibir primeiro os supersalários”, justificou na ocasião.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
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