Em um pronunciamento, sem direito a perguntas dos jornalistas, Arthur Lira anunciou que vai levar a PEC do Voto Impresso para o plenário para que não haja dúvidas da vontade da Casa. “Só assim teremos uma decisão inquestionável e suprema porque o plenário é a nossa alçada máxima de decisão”, justificou. Todos sabem que hoje, Jair Bolsonaro não tem os 308 votos para aprovar a PEC. Mesmo que o Messias opere milagre e consiga aprová-la na Câmara, não há sinal algum de Rodrigo Pacheco de que a matéria andará no Senado. A decisão agrada ao presidente da República, mas também joga para a base bolsonarista a responsabilidade de angariar os votos. Em seu pronunciamento, Lira disse que “a corda puxada com muita força leva os Poderes para além dos seus limites”. Para não provocar, não ousou dizer quem puxou a corda primeiro. Ele aproveitou para dizer que continua com o dedo no “botão amarelo”, atento “24 horas”, mas que seguirá no caminho da institucionalidade. “Não contem comigo com qualquer movimento que rompa ou macule a independência e a harmonia entre os Poderes”, ressaltou. A sessão da comissão para a votação de outro parecer para a PEC vai começar nos próximos minutos.