Em seu rápido pronunciamento na televisão, o ministro de Minas e Energia não descartou racionamento ou outro programa de racionalização de energia elétrica. A postura é bem diferente da adotada pelo ministro nas últimas duas semanas em entrevistas à imprensa, quando negava veementemente a possibilidade de apagão ou racionamento. Bento Albuquerque tentou passar uma mensagem serena de que a situação atual não é semelhante ao que o Brasil passou em 2001, pois o sistema elétrico é hoje mais robusto, e que o governo trabalha para enfrentar a crise hidroenergética desde o ano passado. Citou que, para isso, o governo enviou a nova MP para dar mais governança às ações e que a pasta finaliza o desenho do programa voluntário de deslocamento do consumo da indústria para horários fora do pico, como o BAF adiantou na semana passada. Se limitou a dizer que todo cidadão deve evitar desperdício para reduzir a pressão no sistema e o preço da geração de energia. Para fontes do setor que acompanharam o discurso, o não falado foi o mais importante em todo o pronunciamento. A leitura, por enquanto, é que não se comprometer a riscar de vez um racionamento é forte indicativo de que existe essa possibilidade no MME, mesmo que não seja o cenário mais provável.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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