O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), está se aproveitando politicamente da refrega pública com o presidente Bolsonaro por conta da verba de R$ 5,7 bilhões para o Fundão, aprovada pelo Congresso. Depois de ser atacado diretamente por Bolsonaro, Ramos postou em seu twitter que, em seu entendimento, o super pedido de impeachment protocolado na Câmara teria muitos indícios de crime de responsabilidade por parte do presidente da República. Teoricamente, Ramos poderia aceitar um dos pedidos quando estiver ocupando a presidência da Casa, mas isso dificilmente acontecerá. O vice-presidente da Câmara integra o centrão, embora seja independente, e sabe que só se desgastaria com o bloco, com seu partido, e com Arthur Lira caso tocasse em frente um dos vários pedidos de impeachment. A função de Ramos, neste momento, é tentar colar em Bolsonaro e em seus seguidores um cartaz de que eles também defendem o Fundão – até como forma de diluir o desgaste que o centrão e outros partidos vêm tendo com a repercussão negativa do tema.
Chico de Gois – Direto de Brasília
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